Então eu realizei uma vontade antiga e fui para a Bienal do Livro SP. Participei de três dias desta 23a edição que aconteceu em Sampa. Fiz absolutamente tudo o que pretendia fazer no evento, e ainda tive algumas surpresas boas por lá.
A Bienal do Livro não seria tão divertida sem a companhia das queridonas Isabela Lapa (super partner de fila de autógrafo, autora do Universo dos Leitores), Juliana Lima (a Nuvem Literária, ainda mais fofa pessoalmente), Mell Ferraz (a mente crítica e divertida por trás do Literature-se) e Bruna Miranda (a dona do gato mais engraçado do mundo e autora do Bruna’s Books). Também encontrei alguns leitores por lá (abração pro Fabricio Machado, Branco Dunn, Ligia Colares, Barbara Rodrigues, Roberta Quirino e Beatriz Candido em especial), além da imensa galera do Renegados Cast, cuja bateria simplesmente não acaba nunca.
Organização da Bienal do Livro
Participei da Bienal do Livro 2014 como representante do Pipoca Musical. Só fui em um final de semana, no último, então não posso falar pelos demais dias, mas foi tudo muito tranquilo por lá com relação a sinalização, ônibus de transporte especial do evento, localização dos estandes, restaurantes, etc. Também consegui emitir o credenciamento pelo site e retirar o crachá de acesso ao Anhembi numa boa. :)
Infelizmente, com relação a atrações, horários, sessões de autógrafos e etc, o site e aplicativo da Bienal deixaram muito a desejar. Enquanto o aplicativo, por exemplo, apontava uma sessão de autógrafos do Ziraldo no sábado às 15h, o estande da Globo Livros distribuía senhas para 11h do mesmo dia. Ou seja – quem viu, viu, quem não viu, procura a próxima. Quando percebi o que estava acontecendo, deixei o Guia de lado e fui nos estandes pegar as senhas das atrações que eu queria. Era o jeito mais seguro de garantir que eu não ia perder nada.
As filas do banheiro, do ônibus de transporte gratuito e da praça de alimentação eram grandes, sim, mas fluíam rápido. Sim, a comida era cara, a água custava R$5, mas não é tão diferente de shows e festas, então não me incomodei com isso, particularmente.
Estandes e promoções: vale a pena?
Eu adoro eventos, estandes, painéis gigantes, televisões e promoters puxando papo. Isso faz parte da alma minha publicitária, então nem preciso dizer que fiquei deslumbrada com os estandes da Bienal do Livro. Uns mais, outros menos, mas quase todos tinham alguma coisa muito maneira. A LeYa mandou bem colocando um trono de Game of Thrones pra galera tirar foto, a Panini arrasou com o Darth Vader gigante numa esquina e uma Monica toda decorada em outra, a AbreLivros tinha vários pufes mega confortáveis, e assim por diante.
Sobre as promoções: sim, muitos estandes não tinham promoções IMPERDÍVEIS, mas encontrei livros com preços muito, muito bons. Coisas com 40%, 50% de desconto, ou preços quase módicos de R$10. Eu trouxe muitas graphic novels pra casa (mais do que deveria, rsrs) e alguns livros que me chamaram a atenção pela sinopse, pelo preço ou pelas recomendações entusiasmadas dos livreiros.
Atrações: o ponto alto da Bienal
Eu tinha uma listinha de atrações que gostaria de participar na Bienal do Livro, mas duas coisas estavam no topo da lista: abraçar Mauricio de Sousa e Ziraldo. Fazer isso já teria valido o evento todo. <3
Sexta-feira (29): Daytripper
Na sexta-feira topei magicamente com Fábio Moon e Gabriel Bá na Panini e dei muita sorte de descobrir – na hora – que em cinco minutos começaria uma sessão de autógrafos com eles. O Daytripper já estava na mão, então era só pegar a senha e correr pro abraço. :)
Sábado (30): Ziraldo e Graphic MSP
O sábado seria repleto de sessões de autógrafos super legais pelo evento, a maioria ocorrendo ao mesmo tempo, então dividimos o grupo para que cada pessoa pudesse participar de ao menos uma atividade. Assim que cheguei, POR ACASO eu e Isabela estávamos no estande da Globo Livros quando descobrimos que em meia hora o Ziraldo estaria ali para autografar os exemplares. Olhei a fila. Não tinha nenhuma. Então fomos as primeiras a esperar o pai do Menino Maluquinho. E ele foi tão querido, bateu um papo, fez piada e tirou foto com todo mundo. <3
Na parte da tarde, enquanto a Mell assistia a palestra da Sally Gardner (autora de Lua de Larvas), a Isabela visitava a Gutenberg, a Ju ficava na fila para ver Affonso Solano (obrigada, querida) e a Bruna trabalhava incansavelmente no estande da LeYa, eu me enfiei na fila da Panini para ver TOOOOOOOOOOOOOOOOODOS os artistas do Projeto Graphic MSP (que lançou Chico Bento – Pavor Espaciar, Piteco – Ingá, Laços – Turma da Mônica, Astronauta – Magnetar e Bidu – Caminhos) juntinhos. Acho que coletei ali as mensagens mais bonitas e divertidas nos livros que trouxe.
Encontrei a turma do Renegados Cast (todos uniformizados, menos eu mais duas pessoas, ou seja – éramos os renegados do Renegados Cast :P), tivemos ataque de fanatismo, fizemos filas imaginárias como experimento social da curiosidade alheia, gravamos alguns vídeos para a cobertura deles do evento e, OLHA QUE LINDO, ganhei Bidu – Caminhos da turma. Cara, a dedicatória foi espetacular, eu amei:
Passeando pelas Arenas que criaram para eventos da Bienal, topei com o pai da Turminha da Mônica respondendo perguntas de fãs na Arena Cultural. Encostei num canto e não sei bem como explicar, mas fiquei emocionada demais, enxugando lágrimas por ver Mauricio de Sousa – responsável pelo hábito de leitura e alfabetização de MILHARES de brasileiros de todas as idades, inclusive eu. E quando um garotinho levantou a mão e falou: “Oi Mauricio, meu nome é Lucas e eu tenho sete anos. Quero saber quando o plano do Cebolinha vai dar certo?“, morri de chorar, juro pra vocês, hahaha. Foi a coisa mais fofa e resumiu o sentimento de acompanhar Cebolinha, Mônica, Chico Bento, Biduzinho e etc, durante toda a infância. <3
Domingo (31): Mauricio de Sousa e Eduardo Spohr
Bom, o sábado foi sensacional, eu já tava mais do que feliz por tudo, e satisfeita por ter visto tanta gente legal. Meu único plano de domingo era ver Mauricio se Sousa. Então, assim que os portões abriram, corri com a Isabela e a Ju para o estande da editora e pegamos as senhas para autografar Magali – 50 Anos às 16 horas. Não tenho arrependimento nenhum em dizer que apenas engolimos uma pizza meio dia e já fomos para a Panini iniciar o que seria a fila de 70 pessoas que veriam Mauricio de Sousa de pertinho. De novo fomos as primeiras.
E foi só emoção. Nem soube direito o que dizer. A Isa ainda por cima fez uma boa ação e conseguiu o autógrafo dele no gibizinho de uma menininha de sete anos que estava chorando por não poder ir na fila. Ela ficou tão, mas tão feliz. <3 <3 <3
E depois de ficar tantas horas lá sentada esperando, ainda tive pique para procurar Eduardo Spohr, que estava autografando “até o último leitor”, e deixou a marquinha dele no Protocolo Bluehand: Alienígenas. Com a simpatia de sempre, o Spohr estava atendendo os leitores desde as 14h, e disse que o Paraíso Perdido (continuação de Filhos do Éden) vai muito bem. Quem sabe ano que vem teremos novidade. :D
Bom, daí cabou Bienal. Só sobrou uma sacola enorme de livros pra trazer pra casa, fotos divertidas com as amigas que fizeram uma super companhia durante o evento, e saudades. Muita saudade de tudo, porque foi fantástico, do começo ao fim. E amei conhecer pessoalmente essas meninas que fazem parte da minha vida há tanto tempo (momento nhoimm). É maravilhoso ver tanta gente reunida por um interesse em comum: a leitura; seja como fã de alguém, professor, leitor, blogueiro, livreiro, etc.
E pra fechar o post, vale dizer que OBVIAMENTE levei o Nhom pra Bienal, e ele foi responsável por eu encontrar alguns amigos e conhecidos no meio da multidão (né Fabricio?!). E como ele é gracioso, verde e simpático, desbancou a Daenerys e virou Senhor de Westeros.
Beijo pra vocês (logo tem vídeo aqui tem vídeo). :)
Extras
Tour pela Bienal do Livro <3
Links legais para ler também :)
– Pérolas da Bienal, por Bruna Miranda
– Fotos da participação de Mauricio de Sousa na Bienal 2014
– Renegados Cast comemora dois anos na Bienal do Livro
Fotos com a galera linda que encontrei lå: