Cyberstorm: do caos geral ao indivíduo

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Imagine um grande ataque cibernético no meio de uma forte tensão política internacional. Nenhum meio de comunicação disponível (sério, pensa nisso aqui). Muita neve e doenças à vista. Um cenário praticamente apocalíptico. É em cima disso que Matthew Mather trabalha em seu romance de estreia, Cyberstorm (adicione ao Skoob), lançado no Brasil pela Editora Aleph em 2015.

O pano de fundo é uma tempestade de neve assolando NY somada à uma série de ataques de hackers que desencadeiam um pandemônio ao derrubar toda a infraestrutura de transporte e comunicação. Aí temos Mike Mitchell, um cara que está passando por problemas pessoais sérios e, ao lado do seu vizinho maluco e paranoico (PARA, CARA) Chuck e alguns moradores do seu condomínio, tenta sobreviver à essa confusão toda.

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Bom, é fato que a questão da sobrevivência permeia a obra como um todo. Tem tudo que você já conhece ali, as brigas, a tentativa de estabelecer hierarquia, o racionamento da comida, a ausência de ordem… A degradação do ser humano em uma situação de conflito já foi muito bem trabalhada em outras obras (cito uma das minhas favoritas, Filhos do Fim do Mundo), então é um ambiente familiar para os leitores do gênero – ainda que aqui o senso moral esteja presente na maior parte do tempo. Demora um bocado para que essas pessoas comecem a quebrar regras. O que isso quer dizer pro autor, eu só posso especular.

LEIA TAMBÉM: Filhos do Fim do Mundo | O Perfuraneve | A Noite dos Mortos-Vivos

Há uma questão bacana na estrutura do livro, que ajudou a leitura a caminhar mais rápido: os capítulos são organizados como entradas de um diário, com os relatos dos acontecimentos do dia a dia. Achei a proposta legal, até porque seria bem interessante ter um diário de sobrevivência nas nossas mãos. Porém, toda vez que algo tenso estava para acontecer, o capítulo/dia acabava e seu desfecho era comentado de maneira muito breve no capítulo seguinte – o que, todo mundo que já teve um diário na vida vai concordar, não faz muito sentido.

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Personagens e impacto

Algo que me chamou a atenção em Cyberstorm foi o desenvolvimento dos personagens ao longo do livro. Foi interessante ver como determinadas pessoas do grupo foram sendo trabalhadas – psicologicamente falando. Tirando toda a vestimenta que a sociedade nos coloca, todas as facilidades do nosso dia a dia, o que sobra? Quando tudo que nos resta é lutar pra não morrer no meio de uma situação dessas, como agir? A evolução (ou falta dela) dos personagens é bastante crível e o autor aproveita para abordar questões relacionadas a fé, amor, solidão e até mesmo tolerância nos momentos mais oportunos.

Como publicitária que trabalha com internet desde que começou a carreira, só posso dizer que fiquei bem incomodada com a leitura de Cyberstorm porque me ajudou a (re)lembrar que temos um estilo de vida que pode sumir em um segundo. Não faltam notícias, séries ou filmes para exemplificar isso. Passo muito tempo conectada e fico possessa quando o serviço de internet me deixa na mão porque meu trabalho depende disso, agora imagine você não ter nenhuma forma de comunicação disponível?

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Devo dizer que fiquei um pouco bolada com o encerramento da trama, mas eu acredito que a jornada e as reflexões de um livro são mais importantes do que o final de toda a história. O desfecho me pareceu pequeno e simples demais quando observei tudo o que ele construiu ao longo das mais de trezentas páginas, mas ainda assim o fim é só um fim. A caminhada é que faz diferença.

Se você já é um leitor de longa data dos livros pós apocalípticos repletos de desordem social, pode ser que sinta falta de algo mais profundo na obra de Mattew Matter, mas recomendo Cyberstorm para quem quer ver o ser humano lutar pela sua sobrevivência, questionar suas prioridades e também para quem aprecia uma bela base tecnológica em uma obra literária.

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Esse livro foi cedido pela Editora Aleph pela parceria com o Pipoca Musical. Acompanhe as novidades da editora nos canais: Site | Facebook | Twitter | YouTube

Ficha Técnica

Título: Cyberstorm
Autor: Matthew Mather
Editora: Aleph
Ano: 2015
Páginas: 368
Gênero: Ficção Científica
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Adicione: Skoob | Goodreads

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Comentários

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6 comentários via blog

  1. OLHA, EU ACREDITO que vá curtir a leitura. Ando de olho nessa edição da Aleph tem um tempinho… participando do sorteio, e boa sorte pra mim hhehe
    bjs ^^

    1. Eu gostei do livro, foi bem interessante :) Espero que vc curta tbm! \o/
      Bjsss

  2. Apesar de gostar bastante de scy-fi, esse é um daqueles livros que nunca me chamou muita atenção (talvez por não gostar da capa haha). Mas depois de ler a resenha fiquei bem curioso, parece ter uma proposta bem interessante.

    1. Que bom que consegui despertar seu interesse de alguma forma :))) \o/