Bruna Surfistinha, um filme sobre garotas de programa

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Assisti Bruna Surfistinha pela curiosidade da direção e do roteiro. Garotas de programa geralmente dão bom caldo pra um roteiro e eu queria saber como a vida de Raquel Pacheco se desenvolveria nas telas, se teria uma pegada dramática, erótica, pornográfica ou se seria apenas um filme sobre sexo com uma prostituta e ponto. Minhas expectativas eram baixas. No fim não me surpreendi nem nada.

Deborah Secco interpreta Raquel Pacheco, uma garota com problemas pessoais em casa e dificuldades de relacionamento no colégio. Ela foge de casa e se candidata à uma vaga para ser mulher de programa na casa de massagem de Larissa (Drica Moraes), uma cafetina linha dura. Inicialmente a menina tímida e desengonçada é alvo de piadas e provocações das companheiras de trabalho. Atendendo pelo nome de Bruna, conhecemos o seu primeiro cliente, Hudson (Cássio Gabus Mendes) que parece nutrir um carinho verdadeiro pela menina e a trata mais como uma acompanhante do que como mulher de programa. Acompanhamos a evolução da garota que fazia o possível para não chorar e não fugir até os momentos de entrega, quando virou sucesso com o público que atendia no prostíbulo.

Depois de uma festa onde Bruna conhece a nova amiga-com-cara-de-travesti Carol (Guta Ruiz), a loira se desentende com a cafetina por ter trazido drogas para dentro do privê e resolve tomar as rédeas de um negócio próprio. Mas ela não vai sozinha, leva consigo Gabi (Cristina Lago), outra mulher de programa do prostíbulo que se tornou sua grande amiga. As duas alugam um apartamento e Gabi vira secretária (isso dava uma fantasia sexual?) de Bruna – agora Bruna Surfistinha.

O passo só não foi maior que a perna porque Bruna conquistou muitos e muitos clientes que não resistiram aos encantos da joia. Para incrementar o novo negócio, ela cria o blog da Bruna Surfistinha onde comenta o desempenho de seus clientes, fala de sexo, erotismo e do que os homens gostam. O blog vira um fenômeno e logo a loira já está com a fama subindo à cabeça.

As cenas de Bruna fazendo sexo com seus clientes são um pouco superficiais e muitas vezes cômicas. A única cena mais erótica que conta com uma direção de arte mais tratada é a que mostra Bruna em seu primeiro orgasmo como garota de programa.

O filme mostra todos os estágios da ascenção de Bruna: da saída de casa ao primeiro cliente. Da desengonçada Raquel Pacheco à ousada Bruna Surfistinha. Da criação do seu próprio negócio à inevitável queda. Das amizades verdadeiras e das falsas. Das drogas e do sexo.

No entanto, o roteiro cansativo deixa a desejar em termos de adaptação e documento e as únicas pessoas dedicadas aos seus personagens são Deborah Secco e Cassio Gabus Mendes. O resto é resto. A trilha sonora de Bruna Surfistinha é legal, mas passa despercebida, com exceção de alguns momentos, onde a música Alala da banda Cansei e Ser Sexy se mescla perfeitamente ao significado da cena. O filme ainda tem The Zombies, BluBell, The Flaming Stars e Radiohead na trilha.

Ficha Técnica

Título: Bruna Surfistinha
Diretor: Marcus Baldini
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 109 minutos

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