Existem algumas razões pelas quais histórias se tornam clássicas. A principal delas, imagino, é a atemporalidade. Elas podem até acontecer num período de tempo e ter a data impressa em cada diálogo, mas sua essência pode ser traduzida para o contexto atual.
O Mágico de Oz (adicione ao Skoob)tem este título. É uma das histórias mais famosas da literatura e isso se deve às diversas alegorias presentes na narrativa, bem como à moral pura que ela passa, que sobrevive à qualquer época.
Você pode até não ter lido o livro ou visto o filme, mas deve reconhecer os sapatinhos vermelhos de Dorothy ou mesmo a silhueta do nosso colega Lenhador de Lata. Essa presença no imaginário popular faz com que a história escrita em 1900 dure outros cento e poucos anos e influencie muitas outras obras (consigo lembrar de algumas bandas e músicas inspiradas em Oz, da estranha sincronia entre o filme e o álbum The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd e até alguns filmes que referenciam a obra). O próprio autor ainda escreveu mais 13 livros no mundo de Oz.
A Estrada de Tijolos Amarelos
O Mágico de Oz conta a história de Dorothy, uma garotinha que vive numa fazenda do Kansas com seus tios e seu cachorrinho chamado Totó, até o dia em que um ciclone atinge sua casa e a leva para a Terra de Oz. Para tentar voltar pra casa, a Bruxa Boa do Norte recomenda que ela encontre o poderosíssimo Mágico de Oz, que vive na Cidade das Esmeraldas, e peça a ajuda dele.
Enquanto vai ao seu encontro, seguindo por uma estrada de tijolos amarelos, Dorothy faz novos amigos: o Espantalho, o Lenhador de Lata e o Leão Covarde. Falar destes três personagens superficialmente é complicado, pois contribuem muito para a história. O Espantalho está em busca de um cérebro, pois quer ser inteligente; o Lenhador de Lata quer ter um coração para poder amar e ser feliz; o Leão precisa encontrar coragem, pois quer ser o Rei da Floresta. Eles podem representar a Inteligência, a Bondade e a Coragem; o Reino Vegetal, Mineral e Animal; ou mesmo as diferentes castas sociais da época.
A aventura faz com que Dorothy e seus amigos vivenciem coisas fantásticas que jamais teriam sonhado, e ainda os ajuda a encarar seus próprios medos, encontrar sua força interior e entender que tudo o que eles precisam já está dentro deles.
A edição especial comentada da Editora Zahar contribui demais na leitura da obra. Além de apresentar diversas ilustrações originais e uma cronologia de L. Frank Baum, o livro também traz diversas notas de rodapé com curiosidades, explicações e interpretações da história. Mais do que recomendado. :)
O filme de 1939
O Mágico de Oz foi escrito em 1900 e teve uma adaptação cinematográfica em 1939, que é considerada um dos maiores clássicos já produzidos pelo cinema americano. Muita gente acredita que este foi o primeiro filme produzido em technicolor (que, na verdade, era o nome da empresa que coloria os filmes), mas este posto é do filme Vaidade e Beleza de Rouben Mamoulian (1935).
Mesmo não sendo o pioneiro, O Mágico de Oz faz um uso inovador da técnica. Pra quem ainda não assistiu, as sequências no Kansas são em sépia, e as cenas em Oz são coloridas, e o uso inteligente do recurso (que, aliás, tem tudo a ver com o livro, que mostra em seu início como a vida de Dorothy era cinza e triste) foi muito elogiado.
Alguém já viu o filme ou leu a história na íntegra? Já vi muitas edições por aí, mas nenhuma como esta da Zahar. Assim como já comentei em O Lobo do Mar e Peter Pan, o cuidado com o design da obra e, principalmente, com as informações comentadas nos rodapés tornam a edição um artigo de luxo. Não é só pela história, é pela experiência de leitura que ela traz. E isso a Zahar vem fazendo muito bem. :)
O Mágico de Oz foi cedido pela Editora Zahar ao Pipoca Musical por conta da parceria. Acompanhe as novidades da editora nos canais: Site | Facebook | Twitter
Ficha Técnica
Título: O Mágico de Oz
Autor: L. Frank Baum
Ano: 2013 (original: 1900)
Gênero: Fantasia, Clássico
Páginas: 256
Editora: Zahar
Compre: Site da Zahar
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