Middlesex, a premiada obra de Jeffrey Eugenides

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Nasci duas vezes: primeiro como uma bebezinha, em janeiro de 1960, num dia notável pela ausência de poluição no ar de Detroit; e de novo como um menino adolescente, numa sala de emergências nas proximidades de Petoskey, Michigan, em agosto de 1974.

Quando tive a oportunidade de ler Middlesex (adicione ao Skoob) do Jeffrey Eugenides fiquei superempolgada: é um autor famoso por várias obras e a premissa da história é muito interessante.

Middlesex conta a história de um personagem transgênero aos seus 30/40 anos, cuja narrativa se dá de forma quase atemporal.

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Essa falta de opções para romance criara um círculo vicioso. Ninguém para amar: nada de amor. Nada de amor: nada de bebês. Nada de bebês: ninguém para amar.

Sabia que o livro seria um desafio pelas suas 500 e tantas páginas, mas não desanimei. Desde o começo formei a opinião de que a escrita é de qualidade, assim como o personagem principal. Porém a história sobre Cal Stephanides (nascida Calíope) é longa, beeeem longa.

As peculiaridades do livro começam aqui: os avós do protagonista eram irmão e irmã (Lannister feelings) e fugiram da guerra entre Turquia e Grécia no começo do século XX, parando em Detroit, a cidade dos motores.

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…socialmente, sou um homem. Uso o banheiro dos homens. Nunca os mictórios, sempre os reservados. No vestiário da academia que frequento, até tomo banho, mas discretamente. (…) Passei mais da metade da minha vida como um homem e, a essa altura, tudo já se tornou natural.

O livro mostra uma série de acontecimentos históricos e também relacionados à vida dos Stephanides, e passa por três gerações da família. Então prepare-se para muita (muita) história, pois Calíope precisa entender o que a tornou tão diferente das outras meninas, e para isso ela investiga a sua família e sua genética para encontrar uma mutação que a transformou em Cal – nosso narrador.

No começo, era difícil de acompanhar todos os fatos e situações; a leitura flui para mim em picos: uma parte era lenta, na parte seguinte havia algum grande acontecimento e a história voltava a parar de novo. Apesar do ritmo inconstante, todos esses detalhes foram se tornando interessantes e complexos.

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Middlesex é uma leitura única. A atemporalidade da história nos leva do presente (onde Cal está ansioso para sair com uma mulher nova) ao passado (quando seus avós se apaixonaram na adolescência). O livro, ganhador do Pulitzer em 2003, é uma leitura para ser deliciada aos poucos e com calma para ser completamente apreciada.

E aí, alguém já leu Middlesex? Tem alguma opinião para compartilhar com a gente? Vale lembrar que Jeffrey Eugenides também é o autor do cultuado As Virgens Suicidas, que ganhou adaptação cinematográfica.

Middlesex foi cedido pela Companhia das Letras ao Pipoca Musical por conta da parceria. Acompanhe as novidades da editora nos canais:
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Ficha Técnica

Título: Middlesex
Autor: Jeffrey Eugenides
Ano: 2014
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 576
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Comentários

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2 comentários via blog

  1. Primeira resenha que acho de desse livro. Eu li só sabendo a sinopse e nao estava preparada pra toda a longa jornada nas gerações dos stephanides. Mas aos poucos fui acostumando com a narrativa e terminei o livro morrendo de saudades da Desdêmona!!! Mais do q do cal/Calíope inclusive.
    Adorei o livro, qnd depois pude digerir e avaliarainda lerei mais Eugenides