Um encontro pouco comum, entre o amor e a ternura, não tinha outra coisa. Tinha nome de flor e vivia entre as palavras. Adjetivos rebuscados, verbos que cresciam como a grama, alguns ficavam. Entrou suavemente desde o córtex até o meu coração. Nas histórias de amor há mais que amor. Às vezes não há nenhum ‘eu te amo’, mas se amam.
Uma comédia leve, encantadora e com uma das melhores atuações – se não a melhor – do francês Gérard Depardieu. Uma lição de vida para os amantes da leitura, visto que a relação entre Germain e Margueritte é construída através da paixão e sentimentos em comum que os livros trazem para si.
Mnhas Tardes com Margueritte (La Tête en Friche) foi uma agradável surpresa para uma noite de segunda-feira, onde o ator francês – reconhecido por suas comédias escrachadas e dramas taciturnos – consegue transmitir todos os sentimentos de Germain (Gérard Depardieu), um rabugento e solitário francês, ridicularizado por todos pela sua falta de tato e analfabetismo funcional, mas que ao decorrer do longa vai se entregando aos encantos da da leitura, proporcionados pela simpática senhorinha Margueritte (Gisèle Casadesus).
– Como é o nome dela?
– Margueritte, com dois Ts. As flores são para ela. Ela tem 95 anos.
O filme é baseado no romance homônimo da autora francesa, Marie-Sabine Roger, lançado em 2009. Embora não conheça a trama do livro, é muito bonito ver como Margueritte doa seu tempo e sua paixão pelos livros a Germain, com o intuito de compartilhar com ele a beleza dos livros mesmo que ele não tenha muito jeito com as palavras. E ver Germain se superando a cada cena, o homem de bom coração que está sempre disposto a ajudar a todos, é ainda mais bonito.
A delicadeza das frases, escolhidas com tanto cuidado, é admirável e faz com que cada diálogo ajude os dois personagens a crescer na história.
Filme recomendadíssimo pra todos os apaixonados por literatura. E aqui vai uma dica pra incentivar vocês: está disponível na Netflix. :)
Ficha Técnica
Título: Minhas Tardes com Margueritte (La Tête en Friche)
Diretor: Jean Becker
Ano: 2010
Gênero: Drama, Francês
Duração: 82 minutos
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César, não tenho muita coisa a dizer, a não ser que eu sou completamente apaixonada por esse filme… História linda e delicada..
Ah, me explica aquele poema final? Simplesmente perfeito!
Bjs, Isa :)
Oi, Isa!
Adicionei esse filme na minha lista do Netflix depois de ver a sua recomendação sobre ele. E realmente, o filme é sensacional! Aquele poema no final foi de arrancar uma lágrima mesmo, haha.
Quando tiver alguma outra sugestão, boa como essa, não esquece de compartilhar com a gente, hein?
Abraço :)
Filme liiiiiindo <3 Lindo, lindo, lindo. Adorei a Margueritte, e o Germain é incrível.
Gérard Depardieu, pra mim, o melhor ator francês desde que assisti “Cyrano de Bergerac” <3
A Margueritte é aquela pessoa que a gente reza pra encontrar ao longo da vida. E quando a gente acha, tem vontade de guardar num potinho por puro egoísmo de não deixá-la escapar :)
Oi, Marta!
Bah, verdade mesmo! Durante o filme, lembrei muito de uma tia avó que adorava contar histórias. Desde que eu era pequeno, ela incentivava a leitura com livros infantis, contos da carochinha e dos Grimm.
Assistir ao filme foi, ao mesmo tempo, uma deliciosa lembrança de infância, dessas, que como você disse, ficam guardadas em um potinho em nossos corações :)