Make good art. I’m serious. Husband runs off with a politician? Make good art. Leg crushed and then eaten by mutated boa constrictor? Make good art. (…) Probably things will work out somehow, and eventually time will take the sting away, but that doesn’t matter. Do what only you do best. Make good art.
A essa altura do campeonato, muita gente já deve ter visto (e revisto, e visto de novo e de novo) o discurso do Neil Gaiman para os graduandos do curso de Artes da University of the Arts in Philadelphia, em maio de 2012.
Se você não viu, pare o que estiver fazendo por 20 minutos e dê o play aqui:
Se quiser acompanhar o discurso, o texto integral em inglês e em português você encontra neste site.
Esse é um daqueles textos que a gente precisa ler de vez em quando (ou ouvir na voz-que-acalma-tempestades do Gaiman). Especialmente quando a gente pensa em desistir de algo, esquece de aproveitar a jornada e fica pensando apenas no final, quando se afasta do seu sonho ou até mesmo quando caímos nas garras da Lei de Murphy.
Não é novidade que “a vida às vezes é dura, as coisas dão errado, na vida, e no amor, e nos negócios, e nas amizades, e na saúde e em todos os outros modos que a vida pode dar errado“. Mas o importante é fazer boa arte com isso.
(…) I decided that I would do my best in future not to write books just for the money. If you didn’t get the money, then you didn’t have anything. If I did work I was proud of, and I didn’t get the money, at least I’d have the work.
Realidades à parte, eu estava navegando por aí e encontrei esse livro pequeno, bonitinho e bem acabado com o discurso na íntegra do Gaiman (adicione ao Skoob). O discurso em si é o tipo de coisa que você encontra facilmente na internet, mas em caso de apocalipse zumbi, é sempre útil ter uma cópia física para consultas. :P
[LEIA+: Conheça alguns livros do Neil Gaiman]
O livro é, na verdade, o discurso diagramado de uma forma interessante. Acredito que um designer gráfico bem inspirado poderia fazer uma coisa super megaboga – comparado ao que poderia ser, a diagramação é bem simples. De qualquer forma, vale pelo texto que apresenta.
Se você curtiu e quer adicionar à sua estante, clique aqui para comprar no Book Depository com frete grátis para o mundo todo. Em abril de 2014, a Intrínseca lançou a versão em português do livro e o Visconde falou disso no blog dele. :)
When you start out on a career in the arts you have no idea what you are doing. This is great. People who know what they are doing know the rules, and know what is possible and impossible. You do not. And you should not. The rules on what is possible and impossible in the arts were made by people who had not tested the bounds of the possible by going beyond them. And you can. If you don’t know it’s impossible it’s easier to do. And because nobody’s done it before, they haven’t made up rules to stop anyone doing that again, yet.
Aliás, tava aqui lembrando que citei um trechinho do discurso no TrollCast #44 sobre Filhos do Fim do Mundo, quando falamos sobre ter orgulho daquilo que fazemos, independente do retorno disso. “Se você não ganha o dinheiro, então você não tem nada. Se eu fizesse um trabalho do qual me orgulhasse, e não ganhasse a grana, ao menos eu teria o trabalho“.
Mas então é isso. Vou deixar vocês aí olhando o Gaiman com seu livro em uma sessão de autógrafos e perguntas que ele fez para lançar a obra.
Make good art.
Ficha Técnica
Título: Neil Gaiman’s Make Good Art Speech
Autor: Neil Gaiman
Ano: 2012
Editora: William Morrow & Company
Páginas: 80
Book Depository: clique aqui para comprar