Vicky Cristina Barcelona, filme de Woody Allen

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Vicky Cristina Barcelona, Restaurante

Woody Allen coloca Scarlett Johansson, Javier Bardem e Penelope Cruz na mesma tela (e mesma cama) em Vicky Cristina Barcelona. O diretor aproveitou o melhor dos cenários da Espanha e ainda conseguiu render a Penelope Cruz o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2009.

Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) são duas americanas que desembarcam em Barcelona para que Vicky possa trabalhar no seu mestrado sobre cultura catalã. Ela é noiva de Doug (Chris Messina) e tem toda a sua vida planejada. Cristina é sensual e aventureira, e ainda busca uma “vocação” e algo novo.

Em um restaurante em Barcelona, elas conhecem Juan Antonio (Javier Bardem), um artista que se divorciou da mulher após tentar matá-lo. Juan é direto e as convida para um fim de semana em Oviedo, onde poderão “conhecer a cidade, comer bem, beber um bom vinho e fazer amor”. Vicky se mantém inflexível diante do convite, mas Cristina, seu oposto em comportamento, topa a aventura com o estranho.

“No, no, because she’s a mental adolescent, and being romantic, she has a death wish. So, for a brief moment of passion, she completely abandons all responsibilities.”

Entre olhares sedutores, discussões, infecções alimentares e beijos roubados, as duas, cada uma de sua forma, se interessam por ele, dando início a uma situação bem complicada. E então surge a ex-mulher de Juan, Maria Helena (Penélope Cruz) – o caos em pessoa. Maria é uma mulher intensa, que vive com as emoções a flor da pele. Isso a torna uma excelente artista, com visão para traduzir seu próprio talento e enxergar as capacidades dos outros.

Penelope Cruz, Scarlett Johansson, Vicky Cristina Barcelona

Maria Helena é uma mulher presente em todos os diálogos, até que toma corpo na metade do filme. O que eu achei mais legal no filme foi o triângulo amoroso entre Cristina, Maria e Javier. Um casal em crise constante que só encontra paz e harmonia com uma terceira pessoa foi, no mínimo, um diferencial do roteiro, ainda mais pelo contexto todo em que é explorado.

Mas sabe qual é o problema aqui? Allen abre várias pontas no começo do filme, finge que amarra elas no desenrolar da história e, no final, nada mudou de verdade. Como se todas as experiências durante não tivessem servido de nada, no fim das contas. Pode ser que essa sensação seja intencional, afinal de contas, quantas vezes nós mesmos temos um cenário, erramos, mas não tomamos as providências para mudar a nossa própria vida? Faz sentido se pensar dessa forma.

Na trilha sonora de Vicky Cristina Barcelona temos a agradável “Barcelona”, de Guilio Y Los Tellarini e “Granada”, de Emilio de Benito que se destacam durante a história.

Mesmo não tendo gostado muito do filme, entendo o ponto de vista de Allen. O único filme que realmente adorei dele foi Meia Noite em Paris, mas isso é pra outro dia. :)

Ficha Técnica

Título: Vicky Cristina Barcelona (Vicky Cristina Barcelona)
Diretor: Woody Allen
Gênero: Romance, Drama
Duração: 96 minutos
Ano: 2008

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Comentários

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3 comentários via blog

  1. Adoro esse filme e quando o assisti pela primeira vez não sabia que era do Allen, mas perto do fim acabei adivinhando pelo estilo e pela qualidade :)

    1. Obrigada pelo comentário, Bru! Do Woody Allen nós indicamos “Meia Noite em Paris”, que é fascinante. Das obras dele, é a que mais se destaca. Você tem razão, o Allen tem um jeito diferente de se expressar, não é? :) Continue nos visitando!

      1. De nada :) sim, já me falaram muito de Meia Noite em Paris, mas nunca vi.. Outro muito bom é “Para Roma, com Amor” (não sei se a tradução é assim, mas se chama “To Rome With Love”). Com certeza ele tem um estilo próprio, assim como Spielberg, Tarantino..