A todo momento vemos ou ouvimos alguém ser chamado de gênio, seja na música, no cinema ou em qualquer outra arte. Poucas vezes, porém, isso se prova realidade – veja o caso dos Strokes, por exemplo: de salvação do rock ‘n’ roll há pouco mais de 10 anos a motivo de riso e equiparação ao tecnobrega há algumas semanas. O consenso é difícil e, na maioria dos casos, só faz sentido ou consegue existir com o passar do tempo… mas não no caso do inglês Alfred Hitchcock.
[LEIA+: Conheça o livro Psicose, de Robert Bloch, que inspirou o filme.]
Não é exatamente novidade para a maioria que Hitchcock já era intitulado o mestre do suspense no decorrer de sua carreira, especialmente na sua fase hollywoodiana. O primeiro longa dessa era, Rebecca, já ganhou de cara um Oscar de melhor filme. E, embora não tenha dirigido apenas filmes de suspense/terror (também existiram comédias, noir, séries para a TV, etc.), foram neles que deixou a sua marca principal. E, sem dúvida nenhuma, a marca maior foi talhada com Psicose, adaptação de 1960 do livro homônimo de Robert Bloch.
Todos conhecem Psicose, ao menos a cena do banheiro (indicamos no nosso Top 10 de Filmes de Terror Antigos). Assim como a trilha da cena, composta por Bernard Herrmann (responsável também pelas trilhas de Taxi Driver e Cidadão Kane, pouca coisa). Ambas fazem parte da nossa vida e do nosso imaginário. Porém, quanto sabemos a respeito dos bastidores do filme? E da vida do próprio Hitchcock naquela época? É disso que Hitchcock, filme biográfico de 2012 do diretor Sacha Gervasi, trata.
Hitchcock foi um homem excêntrico, introspectivo, cheio de manias e seguidor de uma rotina rigorosa. Ah, e já falei absolutamente criativo? – as inovações que trouxe para o cinema reverberam até hoje. Porém, ele não fez tudo sozinho. Ao seu lado, desde o início inglês de sua carreira, estava sua esposa Alma Reville, a qual sempre teve o papel de principal contribuidora e crítica do trabalho do marido. Com Psicose não foi diferente, e Alma a princípio não gostou da história. O estúdio não gostou da história. Na verdade, aparentemente ninguém além do próprio Alfred gostou da história ou colocou fé (e dinheiro) nela. O filme acabou sendo uma produção independente do diretor, o qual hipotecou a própria casa para financiá-lo, finalizá-lo e divulgá-lo brilhantemente (saca só o trailer primoroso que foi feito).
Foi em meio a todo esse descrédito, dilemas e dramas pessoais e falta de apoio que os filmes – Psicose e Hitchcock – foram realizados, cada um a sua maneira. E, embora aspectos fascinantes de cada uma dessas esferas tenham sido deixados de lado para poder amarrar a história, Hitchcock é um filme que tanto entretém quem não é exatamente um fã do diretor, quanto instiga quem é. As atuações são consistentes, a química entre o grande elenco é ótima, o roteiro é decente (embora um pouco divagante em alguns momentos) e diversas referências aos demais filmes e takes do diretor são feitas. Prato cheio.
Mas mais do que indicar Hitchcock, é fundamental indicar Hitchcock – o próprio. Aposto que não deu pra perceber, mas sou fã (risos). Então, se você gosta de películas que sejam, sobretudo, inteligentes, surpreendentes, instigantes e cheias de mistérios e mortes, na minha ordem parcialíssima de preferência comece por: Um corpo que cai, Os pássaros, Janela indiscreta, Disque M para matar, Festim diabólico, Pacto sinistro e O homem que sabia demais (ufa, chega por enquanto, né).
Vale dizer que, mesmo com todos esses filmes incríveis, Hitchcock nunca ganhou um Oscar de Melhor Diretor. Dá pra acreditar? O único que ganhou foi um ano antes de sua morte, por conjunto da obra. E nada mais.
Quem disse que caras extraordinários também não são injustiçados?
Ficha Técnica
Título: Hitchcock (Alfred Hitchcock and the Making of ‘Psycho’)
Diretor: Sacha Gervasi
Ano: 2012
Gênero: Biografia
Duração: 98 minutos
Nossa Alfred Hitchcock, o melhor de todos!!! Eu adoro ele, era um gênio, tinha lá suas esquisitices, principalmente com as suas musas, mas quem não têm né? hahahahha eu já vi quase todos os filmes da sua listinha, o meu preferido é Disque M para Matar, Grace Kelly era uma atriz maravilhosa!!!! Mas todos os filmes dele são maravilhosos!!! Não pude deixar de comentar aqui :)
Beijinhos,
Carol ^^
Poxa, Disque M para Matar eu queria ter visto lá na Fundação Cultural agora em agosto, mas perdi a exibição do filme :'( Ainda tenho que assistir esse, Hitchcock sempre vale a pena ♥ Beijos!!!
Aiii esse é muito hiper super mega legal ^^ eu baixei ilegalmente na internet HUAHAUHUHAUHUAHAUUAHUHUAHUA (é a vida) mas eu tenho Netflix e lá tem vários filmes do Hitch (para os íntimos) vale a pena também!!!!
Beijoo :)
Hitch, hahahaha :P