Clube da Luta, o livro de Chuck Palahniuk

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Ainda que a primeira e segunda regras do Clube da Luta estipulem que não se fala sobre o Clube da Luta, bem… todos sabemos dele, nem que seja de ouvir falar. O filme de 1999 dirigido por David Fincher foi um sucesso e polêmica estrondosos, ao ponto de praticamente se tornar uma lenda. Porém, o filme foi, digamos, uma consequência.

Do escuro ele diz:

– Escreveu o quê?

Clube da Luta, digo a ele.

E então o caubói dá um passo de volta. Sua bota martelando um degrau mais próximo de mim. Ele puxa o chapéu para trás para ver melhor e vira os olhos pra mim, piscando rápido, com a respiração forte, e diz:

– Tinha um livro?

Tinha.

Antes do filme…

Antes de clubes 4-H de Virgínia serem fechados por fazerem clubes da luta…

Antes de Donatella Versace costurar giletes em roupas masculinas e chamar de “visual clube da luta”. Antes de modelos da Gucci desfilarem pela passarela sem camisa e com olhos roxos, machucados, ensanguentados e com curativos… (…)

Clube da Luta (Posfácio)

Antes de tudo houve um livro e, antes ainda, um conto (que se tornou o capítulo seis). Lançado em 1996 por um então “zé-ninguém do Oregon com uma educação de escola pública”, a história demorou um pouco até ser reconhecida… para depois se tornar um fenômeno. A tal história que capta algumas das principais angústias e raivas da nossa geração (lembra das outras em Medianeras?), de uma maneira muito mais pungente e ácida do que estamos acostumados a encontrar.

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Pra quem já viu o filme (imagino que 98% de vocês), a história do livro é basicamente a mesma, com algumas pequenas diferenças – talvez a maior delas seja o final, que fugiu um pouquinho ao filme. Ela continua sendo sobre um cara que se cansa da sua vida “perfeita” e começa a questionar a sua superficialidade e frivolidade tendo Tyler Durden como guia. Ainda assim, mesmo sem trazer muitas surpresas, foi um verdadeiro prazer lê-lo. Não apenas porque sou apaixonada pela história desde que a vi no cinema, aos 15 anos (idade extremamente propícia pra isso), mas porque é um estilo de escrita intrigante.

O livro é um mosaico, trechos de momentos que vão e vem, frases poderosas, indagações inquietantes. E aquele Palahniuk que desestabiliza e até te causa um certo mal estar (duvida? O cara é tão mestre nessa arte que, reza a lenda, a leitura pública de um conto do seu livro Assombro causou desmaios na plateia. Já vou avisando que não é para estômagos fracos e/ou menores de idade e você pode ler Assombro online aqui).

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Esse, talvez, seja o grande diferencial do livro: apesar da história não nos ser desconhecida, ela soa muito mais sombria ao longo das suas 272 páginas. Menos cool, mais amarga, mais lisérgica. Parece nos convocar constantemente para uma vendeta contra a sociedade. Para que sejamos mais um dos seus “macacos espaciais”.

[LEIA+: Assombro, de Chuck Palahniuk]

E, mais do que isso, te faz pensar: quem você seria hoje no Clube da Luta? E quem gostaria de ser?
Esta é sua vida e ela está acabando a cada minuto…

Ficha Técnica

Título: Clube da Luta
Autor: Chuck Palahniuk
Ano: 2012 (3ª edição)
Editora: LeYa
Páginas: 272

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