A Procura de Vida Inteligente é uma obra do Victor Allenspach que reúne 8 contos que, apesar de independentes, são conectados por um elemento: Boris, um androide resistente que participa das histórias de maneiras diferentes. Se você gosta de ficção científica, um pouquinho de Douglas Adams e Asimov, e quer apoiar os autores nacionais, A Procura de Vida Inteligente pode ser uma boa dica de leitura.
* Em compromisso com o leitor, o Pipoca Musical informa que este vídeo contém conteúdo patrocinado. O autor apoiou o canal para leitura e análise honesta de sua obra de ficção.
ENTREVISTA COM VICTOR ALLENSPACH
Victor Allenspach já quis ser professor, diplomata e piloto da Força Aérea, mas seus companheiros literários foram uma influência mais forte. Descobriu seu gosto pela escrita em animes e RPG por passar tanto tempo com Evangelion, Cowboy Bebop, Yu Yu Hakusho, etc. “Na época eu escrevia muito mal (…) cresci, amadureci, continuei assistindo a animes e sonhando com quadrinhos, mas a minha escrita melhorou e eu aprendi a apreciar também os clássicos da literatura, que me mostraram o poder que as palavras têm de despertar emoções e ideias”, conta Victor. “Descobri que era isso o que eu queria fazer.”
A Procura de Vida Inteligente levou algum tempo pra nascer. Victor estudava, assistia a documentários, trabalhava em outras áreas, mas a vontade de escrever sempre acabava voltando. A obra foi escrita no computador de uma loja, entre um cliente e outro, por volta de 2012. As revisões aconteceram, é claro, afinal de contas é raro a história vir à público do jeitinho que viu a luz pela primeira vez, mas Allenspach acredita que o processo de revisão, corte e adaptação é uma das partes mais importantes da escrita.
O que chama atenção à primeira vista no projeto de A Procura de Vida Inteligente é o visual “manual” dele. “Eu tenho muito gosto por fazer as coisas por conta própria (DIY – do it yourself). No mundo dos softwares se tornou comum também o termo Beta, que em outras palavras significa que um programa é comercializado antes mesmo de estar finalizado. Provavelmente foi de onde eu tirei a ideia de publicar por conta própria, transformando o meu livro em uma versão Beta que reviso constantemente conforme amadureço a minha escrita e recebo críticas“, conta Victor.
Algum tempo atrás o autor realizou uma book tour com blogs literários e preparou uma edição especial do livro com espaços para anotações, já que uma única unidade do livro passava na mão de vários leitores com bagagens diferentes e curiosidades diferentes.
Obras independentes geralmente contam com o esforço homérico dos escritores que criam o texto, a capa, a diagramação, revisam, editam, revisam mais uma vez, lidam com problemas na hora da impressão, refazem, acertam, erram, e por aí vai. “É muito gratificante criar algo”, comenta.
“Tive a liberdade para cometer muitos erros (editoriais, gráficos, etc) e acertos (como o uso de papel reciclado, que rende constantes elogios). Pode não se igualar ao trabalho profissional de editoras, mas o resultado tem agradado aos leitores”, complementa.
Aos poucos, Victor vai conquistando a visibilidade para si e para o projeto que, ele frisa, não precisa ter um fim. “Esse livro é uma escola, a partir dele tenho aperfeiçoado a minha escrita e liberdade de criação. Sempre que o releio, imagino novas alterações que gostaria de fazer, muitas delas que ainda farei. Diferente dos outros livros em que estou trabalhando no momento, possivelmente A Procura de Vida Inteligente (sem crase mesmo) jamais terá uma versão final”.
Uma das referências mais citadas entre os leitores de Victor é Douglas Adams. “Ele é a prova de que é possível fazer humor inteligente e realmente engraçado”, diz ele. Eu preciso concordar – gargalhei que nem uma doida durante a leitura da famosa trilogia de cinco. Apesar da declarada referência, Victor admite que a relação principal de Adams com o seu trabalho é que ele é o autor que o fez querer ser escritor.
“Eu ainda coleciono inspirações na robótica de Asimov, no sarcasmo de Will Ferguson, nas viagens de Amyr Klink, isso sem falar do cinema e das séries. Adams me despertou o interesse pelos livros, mas foram os animes e o cinema que me levaram para a fantasia”, completa.
Na visão de Victor, a Ficção Científica leva a imaginação aos limites, mas também transforma a sociedade. É um grande divulgador científico, mesmo que as pessoas nem sempre reconheçam a crítica por trás do texto. Seria espetacular se todos pudessem notar o apelo para a ecologia, para a eleição do próximo presidente, ou para as verbas que devem ser destinadas às pesquisas. “Espero que esse livro possa não apenas divertir os leitores, mas também ajudar a popularizar o gênero no Brasil, onde os livros mais vendidos ainda são de auto-ajuda”, finaliza.
E aí? Ficou curioso pra conhecer o trabalho do autor? Você pode navegar pelo site dele ou mesmo trocar uma ideia pelo Facebook. Também achei que vocês iriam curtir conhecer um pouquinho mais dos gostos pessoais do autor, então aqui vai uma listinha rápida com as 3 obras favoritas dele.
3 bandas favoritas
Matisyahu
The Black Keys
Amy Winehouse
3 filmes favoritos
O Jogo da Imitação
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
MIB I
3 livros favoritos
Nove Amanhãs (Isaac Asimov)
O Martelo de Deus (Arthur C. Clarke)
Sobrevivente (Chuck Palahniuk)
3 séries de tv favoritas
The Knick
Breaking Bad
Rick and Morty
SORTEIOS ATIVOS
Ficha Técnica
Título: A Procura de Vida Inteligente
Autor: Victor Allenspach
Páginas: 196
Gênero: Ficção Científica
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