* Este texto foi escrito em 1995 e foi reproduzido no livro “Quentin Tarantino”, de Paul A. Woods.
Los Angeles. A cidade dos Anjos. A Capital do Cinema Mundial. O centro da cirurgia plástica do universo. Uma cidade de um milhão de contradições. Para apreciar melhor aquele glamour corrompido de Los Angeles, uma cidade que Quentin Tarantino ama como apenas um nativo pode amar, esqueça as regulares turnês pelas casas de astros ou as outras incontáveis visitas oferecidas e faça um “tourantino” pelas lanchonetes, terrenos baldios, alojamentos e zonas de assassinato de Amor à Queima-Roupa, Cães de Aluguel e Pulp Fiction.
Comece com um café da manhã reforçado e várias doses de café no Pat and Lorraine’s, na 4720 Eagle Rock Boulevard, a lanchonete onde a maior parte dos personagens de Cães de Aluguel com codinome de cores comeu o que acabou sendo sua última refeição.
“Há clientes que vêm aqui porque viram o filme e gostam da comida, porque o serviço é bom”, diz a garçonete Leslie Harwood, que não viu Cães, mas insiste que as gorjetas sempre vêm, apesar da recusa apaixonada do Sr. Pink. Ela também nunca viu um grupo de homens de terno preto e gravata preta chegar em uma manhã, tagarelando sobre o conteúdo das letras das músicas de Madonna. Mas e se acontecer?
“Eu pensaria que é uma pegadinha para a TV”, ela brinca.
Enquanto estiver na vizinhança, certifique-se de verificar muitos dos lugares encharcados de sangue que se destacam em Cães de Aluguel. Depois que a filmagem foi completada, o necrotério desocupado que passou pelo depósito onde os Cães se reuniram depois do malsucedido roubo dos diamantes foi considerado um lugar para um programa de arte pós-escola. Jovens das áreas pobres teriam feito artesanato no mesmo local em que o Sr. Blonde fez sua mágica de corte e recorte. Quando o plano não deu certo, o prédio foi demolido.
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