Sing Street, o cenário musical de Dublin

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Talvez esse post tenha um pouco de influência das leituras adquiridas no último mês (“Turn Around Bright Eyes” e “Talking To Girls About Duran Duran”, do Rob Sheffield) e o revival de séries e remakes que abordam de uma maneira tão criativa os anos 80. Ou talvez esse tipo de conteúdo, adquiridos através dos fones de ouvido ou filmes da extinta Sessão da Tarde nos últimos trinta anos, sempre tenham influenciado a linguagem das minhas publicações.

A verdade é que no último final de semana me peguei em casa, sozinho, e pensando no que assistir na televisão. Lembrei então dos filmes perdidos, esquecidos no hard disk de backup e achei melhor começar por ali antes de perder algumas horas da vida escolhendo algum filme no imersível e interminável catálogo da Netflix. E foi ali, zapeando entre as pastinhas do diretório Filmes, que lembrei da indicação feita pelo Twitter do André Takeda, um dos meus autores favoritos: “Sing Street”.

Sing Street (2016), de John Carney

Dirigido por John Carney, um dos grandes nomes das produções independentes e especialista em criar pequenas obras de arte musicais (“Once” e “Begin Again”) com baixo orçamento, “Sing Street” é um filme sobre música, romance e conflitos familiares, mas também uma das melhores e pouco conhecida produções deste ano.

Brendan: Rock and roll is a risk. You risk being ridiculed.

O ano é 1985. A cidade é Dublin, na Irlanda. Os anos 80 trazem uma revolução musical. Videoclipes. Sintetizadores. CGI. A música pop. Além disso, o país passa por uma crise econômica, o que faz muito irlandeses procurarem por trabalho e uma nova vidas na Inglaterra. Não é o caso de Conor (Ferdia Walsh-Peelo), um jovem de 15 anos que divide com seus dois irmãos mais velhos a crise – além de econômica – no casamento de seus pais e é transferido para a Christian Brothers School, localizada na Synge St.

Logo no primeiro dia de aula, garoto conhece garota, mas apesar das grandes semelhanças musicais, esta sim é uma história de amor, diferente do filme “500 Dias Com Ela”. Para impressionar Raphine (Lucy Boynton) e, cantando um trechinho de “Take On Me” (A-ha), Conor faz um convite para a linda, desconhecida e mais velha garota, fazer parte do videoclipe da sua banda de rock. Acontece que ele não tem uma banda.

Brendan: Look at her. She races home every evening just to catch that little bit of sun, have a cigarette and read her papers. She’s always talking about going on a holiday to Spain, but he never takes her. That’s all she gets. Then that tall tree blocks it, and she comes in. I often wonder what she’s thinking about.

A partir disso o filme se torna uma espécie de versão juvenil e engraçada de “The Commitments”, do britânico Alan Parker, mas segue através de uma leve e descontraída comédia para quem gosta dos estilos pop, rock e punk de música. A história de Conor, motivada pela busca dos integrantes e o sucesso da sua mais nova e única banda, segue em paralelo com a descoberta da sua personalidade e identidade musical, influenciadas pelos problemas familiares, amorosos e bullying.

Sing Street (2016), de John Carney

“Sing Street” é uma produção recheada – do lado A ao B – de referências musicais e culturais da década de 80 com uma trilha sonora que leva você a um tour pelos principais sucessos do The Cure, Duran Duran, The Jam, Joe Jackson e até o clássico “Maneater”, lançado em 1982 pelos americanos do Hall & Oats.

Em resumo, se você estiver sofrendo uma abstinência de “Stranger Things” e quer voltar àquelas pequenas produções destacadas por embalar todo o clima saudosista dos anos 80, “Sing Street” é a melhor receita para você.

Ficha Técnica

Título: Sing Street
Diretor: John Carney
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 106 minutos
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