Uma entrevista fora de controle com Pedro Duarte, autor de Tony Moon

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Hoje tem double post pra vocês. A Raquel publicou uma resenha em vídeo de Tony Moon (adicione ao Skoob), livro escrito pelo Pedro Duarte e publicado de forma independente com apoio do Catarse, e logo depois vocês conferem uma entrevista exclusiva que fizemos aqui no Pipoca Musical. :)

Site Oficial | Facebook | Twitter @pedrohduarte | Bacanudo

Entrevista com Pedro Duarte

BRUNO TRINDADE: Muitas pessoas consideram escrever para crianças e adolescentes mais difícil. Como você decidiu começar com um livro infantojuvenil?
PEDRO DUARTE: Não sei responder com certeza, mas foi algo natural, acho que pela fase que estava vivendo na época em que comecei a escrever o livro, em 2012, por aí. Decidi ler o máximo que consegui de obras infantis até ter uma quantidade de referências e possibilidades pra me sentir confortável de escrever. Então fiz algo que não considerasse o leitor bobo e fugisse um pouco de alguns padrões que pude identificar em muitas obras de sucesso, mas meio plastificadas.

BT: Tony Moon tem foco mais nos personagens do que na trama. Você se inspirou em pessoas conhecidas para compor as personalidades deles? E o que tem de Pedro no Tony?
PD: Cada personagem tem um pouco de uma característica minha. Se juntar todos eles, aparece Pedro! Mas não foi algo proposital. Eu comecei a escrever em 2012. Parei um bom tempo e deixei lá. Quando retomei, no final de 2013, acredito, pude me ver em cada pedaço! Foi até assustador! Mas Tony, acima de tudo, era alguém que eu queria ser, quando ele foi criado: metódico, pragmático, que conseguisse comandar cada passo da própria vida. Contudo, a gente aprende que quase sempre tudo sai diferente!

BT: Qual o motivo de ter escolhido o Catarse para financiar o projeto, e como foi a experiência de produzir o livro por meio de financiamento coletivo?
PD: Eu conheci o Catarse e todo esse mercado do crowdfunding em 2013 quando produzi um infográfico para a Superinteressante. Escolhi o Catarse, e não qualquer outra empresa, porque me identifiquei muito com os fundadores. A ideia veio da minha esposa. Acho que foi o jeito que ela pensou de eu não investir tanto (financeiramente) em mais uma loucura! Brincadeira à parte, foi uma experiência cansativa, mas recompensadora, principalmente porque me aproximou de muitas pessoas e me apresentou a outras tantas que eu nem conhecia!

BT: Numa próxima oportunidade pretende financiar coletivamente mais uma vez ou irá procurar uma editora, com Tony Moon debaixo do braço?
PD: Isso não sei dizer. Eu gosto muito mais de escrever do que editar, negociar, produzir eventos, etc. Acho que por esse lado, ter uma editora, ajudaria muito a me dedicar totalmente a escrever. Isso seria o ideal! Mas, seja como for, as continuações das histórias de Tony Moon serão publicadas!

BT: O que de melhor e pior você tirou da experiência de fazer seu próprio livro?
PD: O melhor é o processo todo, a ideia, as coisas que surgem durante a escrita, personagens, sacadas, momentos. Me divirto com o que sai da minha cabeça! E ver o livro pronto também foi muito bacana! Ver as pessoas postando fotos com ele também, receber emails… Acho que essa parte é toda boa! O pior é ser editor, contratar pessoas (diagramador, revisor), orçamentos, provas, negociar com livrarias, a burocracia da publicação (registros, etc.). Mas aprendi bastante!

BT: A história desse primeiro volume foi claramente concluída, mas fica um ar de que vem mais Tony Moon por aí, pretende fazer uma série, ou lançar histórias independentes dentro desse universo?
PD: Vou lançar continuações. Quero que as pessoas vejam Tony crescer. Atualmente, penso em sagas, sabe? Cada livro tem início e fim, e, a cada dois ou três volumes, uma nova saga se inicia. Agora estamos explorando a cidade, a vizinhança, a formação das amizades… No futuro vou desenvolver essas coisas.

BT: Como tem sido a receptividade da galera? O que eles mais gostaram, e o que mais criticaram?
PD: Até agora, tudo muito legal! Emails elogiando, principalmente os pais que compraram para os filhos! E acho que alcancei o que queria, um livro de leitura rápida, divertida, um bom entretenimento – que não subestima o leitor, tenha a idade que tiver! Algumas falaram de errinhos gramaticais… Putz, isso é uma verdade! Mas tornou a primeira edição mais valiosa “você tem a edição com erro na página tal?”. Vou brincar com isso pra sempre! :P

BT: Que bagagem você leva para o próximo livro?
PD: Vou terceirizar mais o processo de produção (se eu continuar de forma independente)! Sério! Cansativo demais. Quero escrever, reescrever mil vezes se for necessário, mas não quero mais lidar com toda a burocracia e coisas que estou lidando agora, como a distribuição para o Brasil todo, valores, enfim.

BT: Pretende escrever para outras mídias como quadrinhos ou cinema?
PD: Sim! Tony Moon vai ter uma expansão em 2016. Estava pensando em lançar agora, mas acho que iria confundir as pessoas: “é um livro ou é o quê?”. Então, esse ano estou focado em divulgar Tony Moon: está tudo fora de controle, cara! e escrever a continuação literária da série!

BT: Quais foram às principais influências e inspirações para compor o roteiro?
PD: Eu li e assisti um monte de coisa e, durante o processo, ri bastante quando identifiquei: Tio Patinhas, Donald (de Carl Barks), Calvin e Haroldo, Doug, Arnold, Hora do Recreio (animações Nickelodeon e Disney), Douglas Adams (O Guia do Mochileiro das Galáxias), J. D. Salinger (O Apanhador no Campo de Centeio), Cressida Cowell (Como Treinar Seu Dragão) e outras coisas que ainda não achei, mas devo achar! Essas obras se misturam na cabeça e sai algo com recursos de cada um que citei. Quem é leitor de quadrinhos Disney, principalmente dos Patos, ri bastante com uma ilustração específica – uma forma que encontrei de homenagear um grande ídolo!

BT: O livro tem ilustrações super bacanas durante a história, poderia Tony Moon ser adaptado para quadrinhos ou quem sabe até um desenho animado?
PD: Eu adoraria! As ilustrações são de Brão Barbosa, um amigo que fiz através do Bacanudo, blog e podcast que edito. Em 2016 vamos fazer uma brincadeira com o universo de Tony Moon e… Bom, as coisas meio que podem sair do controle, né?! Aí seria divertido ver o que pode aparecer, mesmo com tudo planejado por aqui, e abrir mais portas.

E aí, vamos ler Tony Moon?

Ficha Técnica

Título: Tony Moon: está tudo fora de controle, cara!
Autor: Pedro Duarte
Ano: 2015
Editora: Bacanudo Livros
Páginas: 152
Gênero: Infantojuvenil
Skoob: adicione à estante

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