Uma Rainha com casamento marcado deixa o reino para salvar uma cidade que dorme um sono eterno. Conheça A Bela e a Adormecida (The Sleeper and the Spindle), livro escrito por Neil Gaiman e ilustrado por Chris Riddell. LEIA A RESENHA ESCRITA NO B9.
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Ficha Técnica
Título: A Bela e a Adormecida
Autor: Neil Gaiman | Ilustrações: Chris Riddell
Gênero: Fantasia
Páginas: 70
Editora: Rocco
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Skoob: adicione à estante
Que lindo,adorei como a rainha é trabalhada nessa história,fiquei curiosa sobre o significado dos lobos,vai pra minha lista de desejados!
Ahá, que bom que não falei dos lobos então, hahaha. :P
Boa leitura, querida ❤
ai como eu amo
❤❤❤❤❤❤❤❤
Ah, Raquel.
Na sexta entrei em uma livraria para buscar novas sugestões para a minha wishlist de aniversário e encontrei A Bela e a Adormecida. Folheei e fiquei encantada! É claro que foi para a lista (espero ganhar de alguém!).
O interessante da polêmica do beijo, de que estariam denegrindo uma obra infantil, é que os contos de fada originalmente não foram criados para as crianças. É só checar as versões originais para ver como eram violentas, cheias de sangue ou outras “cositas”. Chapeuzinho Vermelho, por exemplo, acabava jantando a própria avó, que havia sido morta pelo lobo e servida assada à netinha. O próprio conto da Bela Adormecida dizia que Bela cai em sono profundo devido a um espinho que acidentalmente entrou em seu dedo. Um determinado rei resolve aproveitar-se dela e, nove meses depois, mesmo dormindo, ela dá à luz gêmeos. Um dos filhos, buscando o seio da mãe para mamar, acaba chupando o espinho do dedo, fazendo que ela acorde.
Ou seja, um beijo entre Branca de Neve e Bela Adormecida não merece esse barulho todo.
Beijocas,
Ronize Aline
Pois é, as pessoas esquecem que foi a Disney quem amaciou os contos para que as crianças pudessem extrair outras metáforas dela. O papel de um conto de fadas é refletir um momento da humanidade. A Disney adaptou o conto tanto quando o Gaiman fez agora. Tudo para falar a respeito de um tema pertinente na nossa sociedade. Esse barulho todo é incompreensível. Fico triste (e indignada, sério).
Beeeijos!
Amaciou e padronizou, né, Raquel? Porque todos os contos, além de perderem seus traços mais fortes, também ganharam um mesmo “molde”. Um bom exemplo é o final feliz, sempre presente neles, e a salvação da princesa pelo príncipe. Talvez por isso que adaptações que divergem desse modelo, como a do Gaiman, provoquem tanto barulho.
O que é interessante lembrar, pra quem ainda pensa que contos de fada foram criados para as crianças, é que na sociedade medieval não havia o conceito de infância como temos hoje. Aliás, a criança era vista apenas como um adulto em miniatura que, aos sete anos, já era introduzida na vida adulta, inclusive na economia familiar. Ou seja, não havia roupas nem mesmo alimentação diferenciadas para elas, imagine histórias.
Outro questão trazida com a adaptação dos contos de fada para as crianças é que passou-se a vê-los como uma literatura que não merece ser consumida por adultos – e, em decorrência, toda a literatura conhecida como infantil (como autora infantojuvenil acompanho isso bem de perto). Tirando um público específico que não se prende a estereótipos, a maioria acredita que histórias escritas sob o “rótulo” infantil não têm são capazes de tocar o adulto.
Beijocas,
Ronize Aline
Com certeza, Ronize. Padronizou e muito! Que bom que ainda tem autores querendo mudar isso :)
Olá Raquel,
Foi um bafafa quando esse livro saiu, muita gente dizendo que Gaiman estragou tudo, que agora é moda, mas poucos pegando o livro e lendo para saber realmente sobre o que se tratava, sim ah o beijo, mas também á muito mais que ele. Gostei por de mais da diagramação e da forma como a capa é, deu um charme totalmente novo no livro.
O pessoal adora uma intriguinha, é impressionante, hahaha. Pouca gente lendo e muita gente falando, vc disse tudo. U_____U Que bom que tem gente que se propõe a ler, né? <3 Bjs!