Sucker Punch: O mundo surreal de Zack Snyder

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Vamos lá, qual é a primeira coisa que lhe vem à mente quando eu digo “Zack Snyder”? Não sei você, mas eu penso imediatamente em 300 e Watchmen no ápice de sua estética.

Em Sucker Punch – Mundo Surreal Zack apresenta seu primeiro roteiro mirabolante e deixa uma marquinha no mundo. O filme é interessante, psicológico, raso em detalhes, fabuloso em ação e, principalmente, artístico e conceitual.

Baby Doll (Emily Browning) perdeu sua mãe e, na tentativa de matar o padrasto, atira na própria irmã sem querer. Ele a coloca em um hospício e, enquanto aguarda o dia da lobotomia, ela monta um plano para escapar.

A história acontece em vários níveis. No primeiro plano, o da realidade, Baby Doll aguarda sua lobotomia no hospício. No segundo, a garota vive em um cabaré e descobre um talento hipnótico para a dança. No terceiro nível, o mundo surreal toma forma e a personagem trava batalhas para conquistar o que precisa. Lembrou de A Origem? Tudo bem, mas não se prenda por isso.

No elenco principal temos um time de belezas únicas. O diretor sabe extrair o que há de melhor em seu time, e dá poder às meninas, tornando-as mais perigosas, sensuais e misteriosas – mesmo que apenas encurte a saia e escureça a maquiagem.

Emily Browning encarna a bonequinha com cara de choro Baby Doll. Jena Malone, que some e desaparece de vez em quando no cinema, empresta seu ar rebelde à Rockett. No papel da irmã durona de Rocket, temos Abbie Cornish como Sweat Pea. E aí tem as personagens sem sal nem açúcar de Blondie (Vanessa Hudgens) e Amber (Jamie Chung), os elos fracos do grupo. Carla Gugino fecha o time no papel da diretora do cabaré, Vera.

A beleza desejável e os trajes modestos das meninas mostram a típica estética de videogame. As ilusões mais profundas de Babydoll, instigadas pela sua misteriosa dança, desenham um background onde a personagem destrói inimigos e avança uma fase no seu plano, elaborado um nível abaixo em sua consciência.

O lado conceitual e burlesco fica claro já no início do filme. Antes de atirar, Baby Doll perde um botão do seu pijama: é o fim da linha pra ela, não é mais uma criança. Em seguida os acontecimentos que levaram a menina ao hospício se desenrolam entre movimentos lentos da câmera, ao som de Sweet Dreams (are made of this) – interpretada pela própria Emily Browning.

A estética do filme é maravilhosa e as cenas de ação são bem coordenadas. Sucker Punch oferece um mergulho no psicológico fantasioso de Baby Doll e suas fases medievais, surreais. A trilha sonora dá o toque final à obra, cujo tempo vale apena investir.

Ficha Técnica

Título: Sucker Punch – Mundo Surreal (Sucker Punch)
Diretor: Zack Snyder
Gênero: Aventura, Ação
Ano: 2011
Duração: 110 minutos

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Comentários

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1 comentário via blog

  1. Bruna Irala comentou em

    to looooouca pra ve